domingo, 3 de maio de 2015

Animais no mundo virtual

Os perfis dos animais nas redes sociais possuem compartilhamento de informações, fotos e vídeos



Nos dias de hoje é comum encontrarmos
 perfis dos animais nas redes sociais (Foto: Jennifer Lucchesi) 

Por Jennifer Lucchesi

Heloisa Kashivagui tem um ano e três meses. É uma bulldog francês inteligente, bagunceira e... Ela tem um perfil no Facebook! Isso mesmo. O mundo virtual também faz sucesso com os animais.

Segundo sua dona, a veterinária e gerente de vendas técnica, Patrícia Kashivagui, 39, há mais ou menos seis meses que ela criou uma rede social para a sua cachorrinha. “Considero a Heloisa minha filha, literalmente faço tudo por ela e, por isso, resolvi criar uma página, até mesmo para interagir com seus amiguinhos e família”, conta.

Veterinária Patrícia pensa em criar também um Instagram
para suacachorrinha Heloisa  (Foto: arquivo pessoal)
A visita ao veterinário, o que acontece no dia a dia, datas comemorativas e quando Heloisa ganha um presente, merecem ser postados no Facebook, apesar da bulldog não gostar muito de tirar fotos. “Ela ganha muitos presentes das tias, então eu coloco como se ela mesma estivesse agradecendo; e como toda ‘mãe coruja’, eu a acho super fotogênica, mas toda vez que pego o celular para tirar foto ela sai correndo!”, complementa.

Patrícia diz que é divertido o retorno que tem das pessoas, pois elas escrevem como se fosse a cachorra que estivesse fazendo as publicações: “comentam a tia vai fazer isso ou aquilo e é muito engraçado”. 

Por outro lado, também há redes sociais dedicadas para animais exóticos, como o caso do estudante de engenharia ambiental Marcus Farah, 20, que mora em São Paulo. Ele decidiu criar um instagram para animais exóticos por achá-los fascinantes com sua beleza, habilidades e diversidade.

Marcus Farah, 20, com uma caninana, serpente nativa da Mata
Atlântica (Foto: reprodução/instagram @spiritoselvagem)
“Meu objetivo, além de mostrar a beleza e a diversidade, é acabar com o medo que as pessoas têm de certos animais sem conhecê-los. A maioria das pessoas tem medo de cobra, mas muitas cobras não representam perigo algum para nós. É difícil convencer alguém disso só falando, então interagindo com esses bichos e mostrando, é um jeito mais fácil e eficiente de acabar com o preconceito”, conclui o estudante.


De acordo com a psicóloga Evelyn Barrelin, estas páginas virtuais podem servir para viabilizar a comunicação social sobre um determinado assunto, promover campanhas e fortalecer ideais. “Páginas como estas podem também ter a função de ampliar ou desenvolver novas relações sociais. Aparentemente, a comunicação por mídias sociais tem se sobreposto às relações face a face, o que torna mais provável a criação de páginas e a tomada de assuntos com grande probabilidade de adesão, por exemplo, de animais”, explica.

E há público para essas redes sociais. A estudante de logística, 22, Camila Salinas, diz que por amar animais acaba se atraindo por essas páginas. “Quando eu vejo coisas relacionadas a eles na internet sinto uma emoção enorme, uma vontade de adotar todos”, expressa.

Eduardo Fonseca, 26, analista de negócios e tecnologia da informação, é outra pessoa que gosta bastante e diz acompanhar mais ou menos há três anos esses tipos de páginas. “Tem sempre publicações no mínimo interessantes e muitas vezes engraçadas”. 

Redes sociais costumam ser utilizadas, também, para encontrar animais perdidos, fazer denúncias e divulgar campanhas de adoção, por exemplo.

Momento fofura: aumente o som para escutar a Heloisa roncando <3
(Vídeo: arquivo pessoal)





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